Recrutar com Wellness

O que conta para um eventual colaborador quando tem de escolher entre diversas propostas de emprego? E o que diferencia as empresas na forma como contratam ou retêm os talentos?

A forma como a sua empresa encara a Saúde e Bem-Estar pode se relacionar diretamente com essas duas questões, transparecendo as políticas de Recursos Humanos e entregando uma mensagem aos potenciais candidatos de que a sua organização é um local atrativo para constituir carreira.

De facto, empresas que desenvolvem Programas específicos de Saúde e Bem-Estar, tendo em consideração as necessidades reais dos seus colaboradores, podem ser a diferença entre reter um talento ou deixá-lo ir para a concorrência.

É mais do que evidente que um recrutamento correto, eficaz e adequado (tanto para a empresa, como para o candidato) é fundamental para um sucesso a longo-prazo e para o alcance de resultados para as organizações. E mesmo com as taxas de desemprego atuais, a concorrência na contratação de talentos é feroz e os recrutadores têm cada vez mais a necessidade de serem criativos para atraírem os melhores talentos.

Talvez possa não ter presente, mas é um facto que os estudos da Virgin HealthMiles/Workforce identificam que 87% dos funcionários referirem que consideram a oferta de Saúde e Bem-Estar quando escolhem qual a organização a integrar.

Isto quer dizer que está na altura de olhar para o Corporate Wellness como um ponto de vantagem competitiva no recrutamento de talentos e na sua inclusão dentro das políticas organizacionais.

O que ter em consideração?

Com a crescente popularização dos Programas de Saúde e Bem-Estar, as empresas se encontram (cada vez mais) efetuando investimentos neste sector. No entanto, a questão se coloca:

Como saber qual o Programa mais eficaz nos resultados?

Uma das principais razões que levam ao desperdício de recursos é a existência de uma fonte de dados ineficaz e descontextualizada da perspetiva dos funcionários – que são quem usufrui dos programas.

Efetivamente, quando delineados corretamente os Programas Wellness permitem aos funcionários incentivos, ferramentas, privacidade, estratégias e apoio social para que possam adotar e manter hábitos saudáveis e produtivos. De facto, o que acontece é que a maioria dos locais de trabalho apenas executam o básico para proporcionar esses hábitos, esperando que os colaboradores assumam estes programas com entusiasmo.

Mas tal não acontece quando não sabemos o que os colaboradores pretendem. E consequentemente, não é possível agir de forma preventiva, nem aumentar a produtividade e diminuir os custos de saúde, já que os programas não são – em grande parte das vezes – bem-sucedidos.

O impacto de uma saúde saudável e evidência científica se tornam incontornáveis quando verificamos que as claras relações entre a redução de riscos cardiovasculares e a modificação sustentada do estilo de vida. Ou seja, nesse sentido, se os Recursos Humanos são o ativo mais importante em qualquer empresa, quando o empregador disponibiliza um Programa de Corporate Wellness que tem como base (e em consideração) as necessidades e os objetivos individuais dos colaboradores, é como se a empresa indicasse “Consideramos que você é uma parte importante e ativa desta organização, e é o nosso desejo que você esteja saudável, motivado e connosco ao longo dos anos”.

E qual a mensagem que é transmitida? Uma preocupação genuína que a empresa tem pelos seus empregados.

Portanto, no caso do recrutamento de talento, é possível concluir que o potencial candidato, antes de efetuar a sua escolha, coloque a questão: “É possível existirem outras empresas disponíveis para mim – mas porque deverei encontrar um emprego noutro lado se nesta organização sou tratado e valorizado enquanto indivíduo e não apenas como um número?

É bastante frequente observar que as empresas têm os seus Programas de Saúde e Bem-Estar em funcionamento, mas com baixas taxas de interação – o que cria algum receio (compreensível) no desenvolvimento e modificação dos Programas e já que os resultados não são completamente mensuráveis.

Mas, na verdade, não são Programas que estão descontextualizados, mas sim as componentes que o integram.

Se as taxas de absenteísmo não são reduzidas ou a produtividade não aumenta, isso significa que existirão custos associados com um funcionamento incorreto dos Programas Wellness. Mas, realisticamente, os colaboradores não se preocupam com esses custos – eles se preocupam com o seu bem-estar pessoal. Eles não partilham das suas preocupações sobre produtividade ou absenteísmo – eles se preocupam em ter um emprego que os preenche e é agradável.

Vamos pegar como exemplo os Millennials. Este grupo cada vez mais reconhece a importância do bem-estar emocional e social nas suas necessidades; daí a crescente importância que dão às características e benefícios de Wellness do futuro empregador.

Quando os Programas auxiliam os colaboradores na satisfação das suas necessidades, sejam elas físicas, sociais e emocionais, é evidente um aumento de produtividade, assim como o serviço ao cliente se torna de excelência e uma solução natural e criativa surge perante as adversidades e desafios diários.

Com Programas bem-estruturados, o potencial candidato terá mais vontade de ir trabalhar, reconhecer o seu empregador, se relacionar melhor com os colegas e ter uma moral mais elevada.

Neste aspeto é impossível negar que os Millennials serão a maior força de trabalho, sendo dotados de novas ideias criativas e que acrescentam um valor genuíno a qualquer empresa. Este grupo de profissionais procura onde quer trabalhar, perguntando a si mesmo: “será uma boa ideia vir para aqui?”; “serei feliz aqui?”; “como poderá a empresa me ajudar a crescer pessoal e profissionalmente?”.

No mundo de mudanças aceleradas de hoje, não será fundamental disponibilizar benefícios que respondam a estas questões?

Um artigo recente publicado pela Harvard Business Review analisa dois estudos separados e refere que os trabalhadores mais jovens fazem uma maior prospeção das empresas que apoiam os seus objetivos e necessidades pessoais. E é por isso que Programas de Saúde e Bem-Estar enraizados e adequados são uma das chaves para o sucesso.

É por isso que é cada vez mais importante olhar para o Corporate Wellness como uma fonte de vantagem competitiva na seleção e recrutamento, pois será aqui que estará um dos potenciais de atração dos verdadeiros talentos.

Escrito por:

Iron

A solução para o bem-estar corporativo.

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Categoria Cultura organizacional