Um Sistema de Apoio para a Saúde e Bem-Estar

Sua empresa tem um sistema estruturado e sólido que apoia os colaboradores na sua jornada de Saúde e Bem-estar?

Há alguns anos atrás, era esperado que as empresas cumprissem alguns requisitos mínimos no que diz respeito aos benefícios dados aos colaboradores, tais como disponibilizar um seguro de saúde, um período adequado de férias, entre outros pequenos benefícios associados, mas claramente que esse já não é o panorama atual.

Com a integração dos Millennials na força de trabalho, já não falamos somente em adequar os melhores colaboradores à empresa, mas são também os próprios colaboradores que selecionam as empresas que se adequam a elas e ao seu estilo de vida.

Esse novo panorama implica que as empresas procurem novas formas de se manterem atuais no recrutamento dos seus talentos, o que também se traduz em novos pacotes de benefícios – maiores e mais complexos. É este processo que permite desenvolver os alicerces para a saúde, satisfação e sucesso dos colaboradores.

Mesmo que existam programas de Saúde e Bem-estar corporativos nas organizações, se estas não tiverem uma cultura corporativa de apoio, a maioria dos colaboradores não dará o devido uso aos programas e aos seus benefícios.

Nas mudanças que podemos observar no contexto atual, é evidente a existência de um aumento da atenção que se dá às necessidades pessoais de cada indivíduo, assegurando que tanto as pessoais e profissionais são tomadas em consideração dentro de uma perspetiva mais holística.

Mas o que é um apoio holístico nos Programas de Saúde e Bem-estar?

Parte das empresas têm feito esforços no sentido de implementarem uma maior inovação na forma como abordam seus programas e no impacto dos mesmos na cultura da organização. Ao avaliar as necessidades individuais da empresa, é preciso considerar qual a forma mais eficaz de recrutar e manter os talentos, ao mesmo tempo que se desenvolve um sentimento de comunidade.

De acordo com uma análise realizada pela Virgin Pulse, um dos maiores desafios na melhoria do bem-estar e envolvimento dos empregados é precisamente a cultura organizacional.

Potencialmente, uma das razões para a existência dessa barreira é precisamente que as iniciativas integradas nos programas não complementam a cultura atual do local de trabalho. E, eventualmente, algumas empresas poderão estar em falta com uma cultura de apoio que encoraja os colaboradores a participarem nos serviços e atividades.

Se as empresas apenas têm os seus programas sem nenhum tipo de suporte ou orientação, facilmente a falta de autodisciplina dos colaboradores também se materializará como sendo um entrave para o seu envolvimento.

Enquanto que a Saúde e Medicina no Trabalho ajudam tanto o funcionário, como a empresa, a ter uma ideia do seu estado físico, a ausência de outros sistemas individualizados impede a fomentação de uma cultura positiva. E a consequência? Se torna mais difícil o estabelecimento de hábitos saudáveis e um entusiasmo pelos programas que a empresa disponibiliza.

Organizações que não têm um sistema de apoio, de facto não encorajam (na totalidade) os funcionários a serem os melhores que conseguem ser. Mesmo que interessados nesse conceito, se torna relevante que a métrica fulcral de avaliação é a do desempenho e performance, mas sem compreender que o resto das dimensões emocionais ou mentais também são cruciais na produção de resultados.

Uma cultura que se foca mais nos resultados e menos no Bem-estar terá consequências de um menor envolvimento, menor moral e colaboradores menos saudáveis.

As consequências de Programas que contam com sistemas de apoio

Temos percebido no decorrer deste artigo que não é suficiente apenas a inclusão de programas de Saúde e Bem-estar esperando que gerem um envolvimento dos participantes por si só.

O desenvolvimento de uma cultura organizacional positiva que abraça o Wellness tem um impacto e associa as atividades a um caráter lúdico, interativo e diário. Quando os colaboradores trabalham para uma empresa que acolhe este aspeto como parte integrante da organização, será mais fácil que os funcionários pratiquem hábitos mais saudáveis durante o dia e que apresentem maiores resultados de produtividade, assim como menores taxas de absenteísmo.

Um dos segredos para a implementação deste tipo de cultura é que a empresa precisa, em primeiro lugar, aceitar a mudança e a inovação. Quando a estrutura empresarial é resistente à inovação, a forma como se posiciona passará essa mensagem internamente.

Isso não significa que as empresas têm que se transformar radicalmente.

O equilíbrio e a sustentabilidade são os pilares de uma mudança efetiva.

Revisitar os valores, missão e objetivos da empresa são um bom ponto de partida. Assim como compreender que é necessário criar estruturas (de gestão do tempo) que permitam que os colaboradores possam efetivamente praticar esses comportamentos saudáveis que se pretendem implementar.

Uma empresa que abraça o Wellness dará aos seus empregados o tempo de que precisam para serem saudáveis. Seja isso a possibilidade de praticar exercício durante a hora de almoço, permitir pausas mais longas ou disponibilizar, no local de trabalho, serviços de bem-estar.

O importante é compreender que estes sistemas de apoio têm que ser flexíveis ao ponto de direcionar o colaborador na sua saúde e bem-estar. Sem estes sistemas, o colaborador não acreditará que a sua saúde e satisfação são reconhecidos como uma prioridade da empresa.

E consequentemente, terão menor envolvimento nos programas e benefícios que advêm das oportunidades que a empresa oferece. Uma vez mais, a chefia desempenha um papel importante no envolvimento destes colaboradores.

Assim como todos os aspetos do negócio, cada equipa tem a sua própria cultura e personalidade. É necessário observar ao nível micro para que possa ser possível o desenvolvimento de sistemas de apoio que suportem a saúde e bem-estar de todos os envolvidos.

Escrito por:

Iron

A solução para o bem-estar corporativo.

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Categoria Vida e Trabalho