Como aumentar a produtividade nas empresas

A questão principal: serão os programas de Saúde e Bem-Estar tão eficazes que tornam os colaboradores mais produtivos? A resposta óbvia é sim.

Exploraremos mais estatísticas ao longo deste artigo, mas entre as organizações que disponibilizam Programas de Wellness (PW), mais de metade verificou uma redução dos níveis de absenteísmo e 66% registam um aumento de produtividade.

Atualmente, é percetível como as empresas estão investindo no bem-estar dos seus funcionários, não apenas para os manter saudáveis, mas também reduzir os custos referentes a seguros de saúde e despesas médicas.

De acordo com a IBISWorld, os PW corporativos são uma indústria de 8 mil milhões de dólares – considerando apenas nos Estados Unidos – e é expectável que o segmento cresça em quase 8% até 2021.

Globalmente, nos referimos a uma indústria estimada de 40 mil milhões de dólares, apesar de apenas 9% de uma força de trabalho de 3 bilhões de trabalhadores terem acesso a este tipo de programas.

Nos anos mais recentes, se tem verificado uma mudança – não apenas no mundo do fitness – mas no Bem-Estar, no geral. Somente nos Estados Unidos, e de acordo com a Centers for Disease Foundation, os custos dos trabalhadores norte-americanos associados com doenças ou lesões, somam até os $1.685 por funcionário, totalizando 225,8 mil milhões de dólares anualmente. Além do mais, que – por ano – 1 trilião de dólares são perdidos devido ao facto de não serem tratadas doenças crónicas dos funcionários.

Uma mudança na força de trabalho

À medida que, progressivamente, os baby-boomers se começam a retirar do mundo do trabalho, os Millennials passaram a ser a maior geração empregada. Como resultado, muitas empresas se adaptaram de forma a incluir outros fatores valorizados por este segmento.

A consequência natural passou a ser a inclusão dos PW, já que os mesmos cativam os talentos da nova geração. Esta captação que – apesar de direcionada para os Millennials – acaba por ter um impacto ainda maior, já que todos os profissionais (independentemente da sua geração) estão, mais do que nunca, mais atentos à sua saúde e bem-estar.

Claro está que a elaboração de um Programa de Wellness completo é um desafio crescente para as empresas e – realisticamente falando – mais complexo que iniciativas rotineiras de Medicina & Saúde no Trabalho.

No entanto, de acordo com a International Foundation of Employee Benefit Plans, dados de 2017, 9 em cada 10 organizações disponibilizam, pelo menos, uma iniciativa Wellness.

E a razão pela qual as iniciativas Wellness são crescentemente mais populares é simples: Os PW disponibilizam aos funcionários e executivos as oportunidades adequadas para a melhoria da sua saúde, sem sacrifício do seu tempo livre.

É possível sumarizar as oportunidades em 5 áreas principais:

  1. Decréscimo dos comportamentos de risco na saúde dos colaboradores
  2. Redução dos riscos de doenças súbitas
  3. Redução dos custos de saúde para as empresas
  4. Aumento da produtividade
  5. Diminuição das taxas de absenteísmo

Qual o impacto nos padrões de comportamento?

O que também é relevante salientar é que os PW são concebidos para modificar padrões de comportamento que podem levar a doenças crónicas, tais como obesidade, asma, cancro, diabetes ou doenças cardiovasculares.

Consequentemente, quando os colaboradores modificam os seus comportamentos para outros mais positivos e saudáveis, o impacto verifica-se com a redução de custos de saúde para as empresas e organizações.

Pegando na evidência empírica existente, é possível aferir que por cada dólar investido num PW, esse gera $7 de poupança nas despesas de saúde. Este mesmo estudo também revela, nos funcionários que têm uma classificação de 5 (numa escala de risco de saúde de 0 a 10), a alteração de certos comportamentos por parte dos funcionários, diminui esses mesmos riscos para entre 0 a 3.

Qual o impacto na produtividade?

É facilmente compreendido que quando os funcionários não se encontram no seu melhor estado, seja ele mental ou físico, a produtividade dos mesmos é afetada.

Uma produtividade baixa se refere a situações em que um funcionário se encontra fisicamente presente no seu local de trabalho, mas distraído, com menor capacidade cognitiva e até emocionalmente instável.

E as causas podem ser diversas: desde a deterioração da qualidade de sono, a questões financeiras ou até problemas relacionados com a saúde mental.

Nessa ótica, o Bem-Estar corporativo pode minimizar o estresse, e eventualmente aumentar a capacidade de gestão individual do mesmo. Se cada vez mais funcionários acreditam que as empresas devem ter uma parte ativa na redução do estresse laboral, os PW assentam que nem uma luva.

Agora, estas iniciativas devem ser elaboradas holisticamente e não apenas dentro dos departamentos de RH. Para as empresas que ativamente procuram atrair e retrair talento, e simultaneamente reduzir o nível de desinteresse dos seus funcionários, a disponibilização das iniciativas certas e customizadas à cultura corporativa.

Os dados são reveladores: 31% dos inquiridos do estudo realizado pela Employee Benefit News relatam que a principal razão para a perda de produtividade se relaciona com questões de foro mental.

Este aspeto é fundamental, porque os PW servem – também – para dar resposta a estas situações e não apenas para questões de ordem física. É por isso que a inclusão do bem-estar mental ao Wellness se torna imprescindível na própria gestão emocional e mental do estresse da vida cotidiana.

Perda e diminuição da produtividade por motivos de saúde – seja ela física, mental e emocional – também levam a faltas consequentes e ao absenteísmo. De acordo com um estudo da CDC, o absenteísmo custa às pequenas empresas entre $16 a $81 dólares por funcionário (anualmente) e às grandes empresas entre $17 e $286 dólares. Se nos referimos à produtividade, especificamente, mais de metade das empresas verificaram uma diminuição das taxas de absenteísmo, enquanto 66% referiu um aumento de produtividade e 67% aumentos dos níveis de satisfação.

Não é segredo nenhum que colaboradores saudáveis são também os mais produtivos, mas é necessário que a chefia e órgãos executivos compreendam que os PW são parte integrante de um todo. Quanto maior for o envolvimento com os colaboradores, mais as empresas vão receber de volta.

E onde entra a integração de dados?

Devido às mudanças que mencionámos anteriormente e à crescente necessidade de elaboração de planos de Wellness que se adequem ao estado da cultura corporativa e às reais necessidades, é vital mencionar a integração de dados.

Desde dispositivos a plataformas de utilização, é possível customizar informação importante para colaboradores que procurem alterar seus estilos de vida e obter resultados. Os próprios funcionários procuram este tipo de informação.

Vejamos:

infográfico da UnitedHealthcare revela que 62% dos colaboradores que não têm nenhuma forma de medir a sua atividade estão interessados em usar um, dentro do PW da sua empresa.

Face às mudanças tecnológicas dos dias de hoje, é importante desenvolver uma cultura corporativa que seja imersiva e que integre os colaboradores no que são as suas próprias necessidades de Bem-Estar.

É esta tendência que encoraja os funcionários a se manterem saudáveis, satisfeitos e produtivos, mesmo que sejam as empresas a beneficiar das poupanças daí decorrentes.

Escrito por:

Iron

A solução para o bem-estar corporativo.

LinkedIn
Instagram
Categoria Produtividade